quarta-feira, 8 de outubro de 2008

alicerces frágeis e corrompidos mais cedo ou mais tarde certamente ruirão.
não queria falar do vasco, mas acabei falando. não tem como fugir do assunto.
há dez ou quinze anos, quando o vasco tinha uma equipe campeã, que se superava ano após ano, nós delirávamos com as trapaças e os golpes do eurico.
era legal. ele invadia o campo, metia o dedo na cara do juiz, ganhava no tapetão, fazia o diabo e seus crimes eram tacitamente perdoados por nós.
às vezes entoávamos o clássico: "EI, EURICO, 171", com suas naturais variações, mas normalmente o apoiávamos.
no entanto, um esquema como aquele, baseado em sonegação, desvio, superfaturamento e estelionato, não podia dar certo por muito tempo.
tudo era feito descaradamente. mais cedo ou mais tarde as dívidas seriam cobradas. a casa iria ruir.
não deu outra. logo o vasco entrou numa grave crise financeira. não havia patrocínio, não havia time. não havia mais lugar de onde o eurico pudesse tirar dinheiro.
pra piorar, mesmo com a situação do clube piorando mais e mais, o presidente sangue suga manteve-se no poder por intermináveis anos e anos.
dizem que antes de sair vendeu o time de juniores. realmente não surpreende a quem já está acostumado com a ética de eurico.
aí deu nisso. segunda divisão. a bomba armada explode na hora exata programada.
bem, disse tudo isso pra falar sobre a crise que vem perturbando os estados unidos e ameaça quebrar o brasil e abalar o mercado mundial.
ainda não descobri exatamente o motivo da crise. como sempre as notícias giram em torno do assunto, contam detalhes, mas não são incisivas no que interessa.
só tinha ouvido falar da crise de passagem e lido uma ou outra manchete. vim confirmar algo que já tinha certeza.
o pacote proposto prevê a injeção de 850 bilhões de dólares na economia.
desses, US$ 700 bilhões serão liberados em parcelas para a compra de papéis podres em poder de bancos e outras empresas em dificuldades financeiras. Liberação imediata de US$ 250 bilhões, em seguida US$ 100 bilhões. Os outros US$ 350 bilhões poderão ser retidos se o Congresso não estiver satisfeito com o desempenho do programa.
a conclusão pra mim parece muito lógica.
o sistema é podre, baseia-se no poder e no dinheiro para continuar funcionando. em certos momentos é necessário que os interessados nele paguem a conta para que ele continue em perfeita operação.
acho que é apenas uma briga entre os donos do poder. george bush assinou a conta rindo à toa. satisfeito. conta paga! só mais uma ação de salvamento dos bancos.
tudo vai bem pra eles.

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