quinta-feira, 19 de novembro de 2009

um ditado mais ou menos popular diz que é inútilqualquier tentativa de comunicação humana.
as palavras ou signos possuem significados diferentes para cada um dos interlocutores, criando distâncias abissais entre quem fala ou ouve. a mensagem via de regra depende do universo de quem a recebe.
geralmente o que vemos são essas diferenças prevalecendo sobre a tentativa de representá-las.
é a velha história da democracia e sobre defender até a morte seu direito de cada um dizer o que quer, apesar de não concordar com nenhuma de suas palavras.
onde todos milhões falam ao mesmo tempo, não é possível compreender nada nem analisar nenhuma idéia com clareza. é claro que existem camaradas e cerveja, mas isso é outra hisória.
melhor talvez,chegoa ouvir, seja seguir o caminho da massificação, e possuir símbolos para compartilhar com o próximo.
as únicas vozes que importam pra valer são as vozes dos representantes da sociedade junto ao estado.
sem dúvida dos apresentadores de tv. mas o que importa são as vozes dos representantes. só a eles cabe tomar decisões, só a eles cabe analisar as coisas com seriedade. só as suas opiniões merecem ser analisadas com seriedade.
aí as vozes dividem-se entre algumas vozes importantes e milhões de vozes populares. numa balbúrdia onde ninguém se entende.
e levam a coisa de tal forma que já o povo convenceu-se que é preciso submeter-se, andar na linha, vender sua vida e seguir todas as regras, porque poderia ser muito pior. está convencido.
é difícil discutir idéias, as discussões baseiam-se no tom da voz e costumam girar em torno de qual é a idéia correta e a opinião que prevalecerá.
qualquer idéia que tenha importância real e valha a pena ser discutida é interpretada como absurda ou revolucionária, ou sonhadora. as discussões costumam basear-se em parâmetros insignificantes onde na melhor das hipóteses nada importante aconteceria.
falo de uma nação. uma sonhada nação.
curioso nos últimos tempos é a tendência geral em dizer as coisas pela metade, insinuar iludir, deixar mal entendido. um mal de nosso tempo. difícil encontrar qualquer conversa onde as idéias e fatos sejam colocados com clareza. estamos mesmo jogando lenha na fogueira pra ver se sobra uma batata doce esquecida no final.
digo tudo isso acreditando que vale a pena dizer alguma coisa ainda nos dias de hoje e deixando claro que não pretendo escrever tratados sociais nem escrever coisas como esta.

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