dez anos já -
e nenhuma gota me alcançou,
nem úmido vento nem orvalho do amor
- uma terra sem chuva...
agora peço à minha sabedoria
que não se torne avara nessa aridez:
corra ela própria, goteje orvalho;
seja ela a chuva do ermo amarelado!
um dia mandei as nuvens
embora de minhas montanhas -
um dia eu disse "mais luz, obscuras!"
agora as chamo, que venham:
fazei escuro ao meu redor com vossos ubres!
zaratustra

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